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Home Notícias Ciência e humanismo

19 jun 2013

Ciência e humanismo

Estudiosos ofereceram uma gama de materiais para reflexões durante o “Simpósio sobre Ciência e Humanismo”, evento realizado paralelamente à Bienal do Boicote (10ª edição, em 1969). Na ocasião, a Fundação Bienal “procurou estender seu raio de ação, trazendo a debate os temas mais complexos e importantes do nosso tempo, assim como encontrar uma saída para as dificuldades de conciliação entre os vários domínios da cultura, especialmente esses, da ciência e do humanismo”. (Anais do Simpósio sobre Ciência e Humanismo, 1971). A comissão que organizou e dirigiu o Simpósio constituiu-se de membros como Sergio Buarque de Holanda, Zeferino Vaz e João de Scantimburgo.

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Estruturas efêmeras em forma de oca foram construídas para abrigar o simpósio e exposições colaterais durante a 10ª Bienal (1969)

Com efeito, a ciência da natureza é estruturalmente idêntica à criação artística. E as artes começam a aplicar os métodos rigorosos que caracterizavam as ciências antigamente. – Vilém Flusser

O resumo da comunicação do filósofo Vilém Flusser, encontrado na documentação do Simpósio, apesar de escrito há mais de quatro décadas, inspira o contexto contemporâneo, a saber no extrato abaixo:

“A ciência e o humanismo surgiram, simultaneamente, no Renascimento, como consequência da divisão sujeito/objeto. Quando, virada do homem contra o mundo que é o Renascimento, o homem se tomou por sujeito do mundo, e o mundo passou a ser seu objeto, surgiram duas disciplinas: a ciência da natureza como investigação do objeto, e o humanismo como investigação do sujeito.

A história moderna é a explicitação dessa divisão que agora sabemos nefasta. A idade moderna esta sendo superada, pois tanto a ciência quanto o humanismo estão em crise. A crise é a explicitação da divisão fundamental, uma explicitação que prova ser ela insustentável. O avanço das ciências torna patente que o sujeito não pode ser rigorosamente distinguido do objeto, e que a observação influi no observador. E o humanismo, embora não se tenha desenvolvido paralelamente, entra em crise, porque o próprio homem enquanto sujeito do mundo passa a ser duvidado. […]

A crise que ameaça não apenas a continuação da cultura, mas inclusive a sobrevivência da humanidade, pode ser superada apenas por mudança radical do ponto de vista. E na prática, ela implica em integração de ciência e humanismo. […]

O interesse da nossa geração não está mais dividido entre a natureza (campo da ação progressiva da técnica), e o homem (campo dos valores), mas concentra-se sobre a relação entre ambos, na qual ação e valor passam a ser aspectos complementares. […]

Com efeito, a ciência da natureza é estruturalmente idêntica à criação artística. E as artes começam a aplicar os métodos rigorosos que caracterizavam as ciências antigamente. É que a realidade não é mais exclusivamente do domínio da ciência, e simultaneamente problematiza-se a realidade à qual a ciência diz respeito. Com efeito, o real é para nós, exatamente aquilo sobre o que incidem e convergem tanto ciência quanto humanismo.”

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