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Home Notícias Curso de férias 2014

21 jul 2014

Curso de férias 2014

Desde a 29ª bienal, o Educativo Bienal organiza em julho um curso de férias em arte contemporânea. Nesse ano, como uma forma de trazer os conteúdos da próxima exposição, e experimentar outros formatos, o Educativo promoveu o Curso de Férias – O potencial poético da 31ª bienal.

“Montamos o curso de uma forma mais experimental, com diferentes vivências em cada um dos dias. Nossa ideia era tentar sair do formato auditório com palestra, e viver o frescor do fazer pensando e do pensar fazendo”, explicou Regiane Ishii, da equipe de conteúdo do Educativo Bienal que ajudou a montar os encontros.

O curso aconteceu em três dias consecutivos com focos diferentes, com um primeiro encontro no formato de diálogo e palestra, o segundo bem prático com ateliês  e o terceiro, e último dia, com grupos de discussão.

“Gostei muito do formato. A palestra do primeiro dia apresentou os assuntos e o debate foi muito interessante, o segundo dia que foi mais focado na questão do fazer, foi uma bela integração com a natureza e o parque. Já o terceiro dia, mais dedicado às discussões, tanto em grupos como com todos os participantes do curso, trouxe a tona a diversidade e a democracia”, disse a professora de artes que participou do curso Cintia Helena dos Santos.

Dia 1 – O Rei está nu

Esta frase foi proferida por uma criança no conto “A Roupa nova do rei”, de Hans Christian Andersen, evidenciando a realidade óbvia, que todos estavam vendo, mas fingiam não estar enxergando por uma convenção social.

“Este conto nos coloca algumas questões: o que realmente está diante dos nossos olhos? O que é a realidade? Como uma convenção social, cultural ou política pode nos fazer enxergar algo que não existe? Ou como ver coisas que não existem e torná-las reais?”, perguntou Pablo Tallavera, palestrante do Educativo Bienal.

O primeiro encontro do Curso de Férias promovido pelo Educativo Bienal debateu estas questões à luz da história da arte, relacionando-as com a 31ª bienal e sua afirmação “como falar de coisas que não existem”. Durante a conversa, o conceito de representação ao longo da história da arte como uma forma de falar das coisas que existem e a opção da arte contemporânea pela apresentação como um desdobramento da ruptura modernista, foi discutido a fim de partir da realidade para criar novas possibilidades de imaginação e criação.

Dia 2 – Um prá um

No segundo encontro do Curso de Férias, a ideia era discutir conceitos e ferramentas da arte contemporânea a partir da própria ação. Para o Educativo Bienal, a ativação das problemáticas e das relações com o cotidiano na prática é eixo fundamental para pensar a emancipação do saber e o estado vivo da arte.

De maneira coletiva, o participante foi convidado a empreender o corpo dentro do embate do fazer. Como falar do que é ação? A matéria artística e o modo como se relacionar com ela são postos em pé de igualdade, são vistos de um pra um dentro da proposta de negociação entre obra e público. Para isso, diferentes tipos de ateliês foram distribuídos em estações que provocaram o estímulo poético da relação do próprio corpo e com o que se vê ao redor. Foram eles:

– Centro-Periferia 

Num mapa da cidade, cada participante assinalava onde está o lugar que corresponde ao centro da sua vida. Da mesma forma, assinalava onde se localiza o que seria a sua periferia. Cada um recortou o seu centro e a sua periferia e, juntos, todos construíram um novo mapa.

A ideia desse ateliê é de observar se apareceram novos centros, quantos existem e se correspondem ao que geralmente se considera centro. E a periferia? Ainda permanece à margem?

“É muito importante questionar o mapa oficial, consagrado. Após a ação observa-se que o mapa muda”, revelou Regiane Ishii, que propôs esse ateliê. 

– Pequenas Interferências

Cada dupla que participou desse ateliê recebeu um kit com terra, argila, papel e carvão. Tendo o espaço do Parque do Ibirapuera como suporte, o participante deveria propor pequenas intervenções com os materiais terrosos.

“Realizamos pequenas interferências pelo parque como molduras em galhos, painas acumuladas de uma forma proposital e mini esculturas nas escadas externas do prédio da bienal, pois achamos esse espaço muito cênico”, contou a dupla que realizou esse ateliê, Ana Alice Gresi, estudante de Artes Visuais, e Marcos Villas Boas, programador cultural.

Após as intervenções pelo Parque, com  papel e vela, cada dupla desenhou um mapa do local onde atuou artisticamente da forma mais conveniente – descritivo, imagético, poético. Ao final, os mapas foram trocados, e uma vez que estavam “invisíveis” por terem sido feitos com vela, os participantes utilizaram a tinta nanquim para “revelá-los” de forma que as interferências pudessem ser visitadas pelo outro.  

“A proposta do ateliê é realizar pequenas interferências, detalhes, percursos para evidenciar microrrelações. É revelar algo do outro que você não conhece e gostaria de ver a partir dessa experiência. Gosto de pensar como vai ser esse encontro com a ‘obra’, essa incerteza, se é arte ou se é algo natural do parque”, explicou Felipe Tenório, propositor desse ateliê e membro da equipe do Educativo Bienal.  

– Ainda Sem Título: Algo sobre As narrativas

Nesse ateliê, cada participante saiu para o Parque em busca de uma história, de um sujeito, um personagem, uma cena, um objeto etc. Ao voltarem às mesas, eles encontraram uma seleção de materiais (jornais, revistas, livros) que normalmente são encarados como ferramentas meramente informativas. Em seguida, os participantes foram convidados a fazer recortes e recontar histórias encontradas em uma nova folha. É possível que dados e fatos possam compor uma nova narrativa? “Muitos artistas que estarão na 31ª bienal questionam como são contados os fatos da história. Podemos entender as novas histórias criadas também como verdades, imaginando como o non-sense e o absurdo formam parte de nossas vidas”, disparou a palestrante da equipe de conteúdo do Educativo Bienal, Paula Ramos, que realizou esse ateliê. 

“Escolhi fazer o ateliê de narrativas, pois achei interessante ter essa vivência no parque. Na minha história, encontrei uma árvore que tinha várias raízes e cicatrizes, e com isso, fiz um paralelo reinventando a minha própria narrativa”, disse a arquiteta Geane Pardini, que participou dessa ação.

– O que há de feminino e masculino?

 “O que define o que é próprio da mulher e o que é do homem? A biologia? As normas sociais? Nossa cultura e tradição? Que tal fazer uma investigação sonora e visual?”, propôs Célia Barros, da equipe de conteúdo do Educativo Bienal, que estava à frente desse ateliê.  

Os participantes foram separados em grupos, e cada um deles foi responsável por fotografar situações e gravar os sons que acreditavam ser próprios de uma mulher ou de um homem.

“Não apenas vozes, mas músicas, sons que aparecem nas ruas…”, ressaltou Barros e completou: “Ao fim, vamos reunir todo material coletado e compará-lo com o dos outros grupos: as categorias masculino/feminino são mesmo tão distantes? Há sons comuns para os dois gêneros? Todos concordam com as definições de feminino e masculino?”

Após coletarem os sons, os grupos se reuniram no auditório e escutaram os sons escolhidos pelo parque e conversaram sobre o feminino e o masculino.

“Eu achei uma experiência diferente do que estamos acostumados, foi muito bom. Quando a Célia limitou apenas o som, achei que seria impossível, mas depois na conversa percebemos que o som não tem características apenas femininas ou masculinas”,  observou a professora Nadjane Paula da Conceição.

Dia 3 – Potencial Poético

No último encontro do Curso de Férias,  foram criadas instâncias de conversas em grupos para refletir sobre o potencial poético na vida contemporânea: onde podemos encontrar arte em nossas próprias vidas?   

Através da discussão da jornada em andamento para a criação da 31ª Bienal e das ações do Educativo, permeadas pelas experiências da equipe, a pergunta colocada para os grupos foi: Como podemos inventar desvios e caminharmos por diferentes percursos conceituais, intelectuais, físicos ou emocionais? Quais são as esferas em que a arte pode agir como disparadora de afetos e criar novas rotas entre o ordinário e o extraordinário?

Para finalizar, a palestrante e supervisora geral de formação e relações internas do Educativo Bienal, Carolina Melo, convidou todos os grupos a se reunirem no auditório para uma grande conversa sobre o potencial poético.

De acordo com a professora de artes e artista Vera Alice dos Santos, que participou do curso, pensar e falar sobre potencial poético e coisas que não existem a aproximou das outras pessoas. “Esse assunto mais subjetivo e filosófico abriu caminhos para olhar, entender e respeitar a visão do outro, para mim foi um intercâmbio”, completou.

Texto: Vivian Lobato
Fotos: Sofia Colluci e Rodrigio Lins


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