
“Estabelecido entre a 1ª e 2ª Bienal de São Paulo, ou seja, no início de 1955 […] a ideia do Arquivo surgiu de um fato, ou melhor, de uma exigência muito simples: a de encontrar um precedente, uma informação a respeito de um passado artístico de um expositor. Cada exposição comporta uma papelada: catálogos, boletins, livros, fotografias, correspondência – que constitui a documentação da exposição e do artista. Fechadas as portas da exposição, esta documentação deve encontrar o lugar onde possa ainda desempenhar um papel vivificador, tornar-se útil àqueles que dela necessitem – e nos limites de seu campo – cumprir sua função.
Do ponto de vista organizativo, o Arquivo – uma vez estabelecido que a personalidade do artista seria o núcleo em volta do qual devia ampliar-se – omeçou a entrar em contato com o maior número de artistas nacionais e estrangeiros […] Foram enviadas fichas informativas […] que deviam ser preenchidas e devolvidas juntamente a fotografias, catálogos, notas, críticas e biografias, em outras palavras tudo quanto contribuísse para ilustrar a personalidade artística e a atividade profissional. A este material, ordenado alfabeticamente, são acrescidas todas informações ulteriores que chegam ao Arquivo, mesmo simples notícias que jornais e revistas publicam a respeito de um artista”.
Foi a partir daí que surgiu um dos segmentos mais ricos do acervo do Arquivo: dossiês de artistas e temas de arte”, que reúne mais de dezoito mil pastas. Até o momento, já falamos de alguns desses artistas no blog: Cildo Meireles, Jeff Koons, Keith Haring, Pablo Picasso, Walter Gropius, Edward Hopper, John Cage, Alexander Pilis, Armando Reverón.
Na próxima semana, começaremos uma pequena série de dossiês de alguns dos artistas presentes na 30ª Bienal que já participaram de outras edições. Não perca!