A Fundação Bienal de São Paulo lançou em maio deste ano o Pavilhão aberto 2022, segunda edição do programa que permite aos visitantes acesso ao prédio vazio, com palestras e atividades complementares. Durante as visitas, o público tem a oportunidade de conhecer o Pavilhão Ciccillo Matarazzo de outra maneira, descobrir aspectos históricos, urbanísticos e curiosidades da Bienal. Para o ciclo de 2022, o formato dos encontros foi aprimorado, e agora eles também contarão com oficinas para crianças, conteúdos virtuais e visitas conduzidas pela equipe da Fundação Bienal, além da já conhecida palestra realizada por uma pessoa convidada. Nossa equipe preparou também uma seleção de músicas que têm relação com a história das Bienais, para cada encontro.
Este ano, o programa tratará de questões relacionadas à preservação, modernização e usos contemporâneos desse patrimônio histórico e arquitetônico. Serão quatro encontros em 2022, divididos em dois programas com enfoques complementares. O primeiro programa, que acontece de maio a julho, parte do protagonismo do Pavilhão da Bienal na criação de um imaginário de futuro para abordar conflitos contemporâneos que atravessam esse importante eixo cultural da cidade de São Paulo. O segundo programa, que acontece em novembro, parte da reforma das escadas rolantes do pavilhão para discutir o lugar do restauro e formas de intervenção da arte no território.
A primeira edição do Pavilhão aberto aconteceu entre setembro de 2019 e janeiro de 2020, e reuniu ações com os arquitetos Álvaro Razuk, Anna Helena Villela, Lúcio Gomes Machado e o curador Rodrigo Queiroz.
Confira como foram os encontros:
Encontro 1: Moderno na arquitetura
domingo, 15 de maio
10h e 10h45: oficina Birutas Voadoras (voltada a crianças de 6 a 12 anos)
com Samara Costa
11h: conversa com Guilherme Wisnik
14h e 16h: visita mediada
com equipe da Bienal
10h às 18h: visitação espontânea
Encontro 2: Urbanidades possíveis
11 de junho, sábado
11h: Conversa com Louise Lenate Ferreira da Silva
14h: Visita mediada ao Pavilhão com a equipe da Bienal
15h: Programação para crianças: oficina de dança free step com Grupo Crossover
10h às 18h: Circulação livre pelo Pavilhão
Não é necessário fazer inscrição. Última entrada às 17h30
Encontro 3: Ações para uma cidade compartilhada
16 de julho, sábado
11h: Visita mediada ao Pavilhão com a equipe da Bienal
13h: Oficina livre de dança free step
Ponto de encontro: marquise do MAM-SP. Não é necessário fazer inscrição.
13h30 – 15h30: Programação para crianças
Contação de histórias “Fazendo retratos para serem lembrados no futuro”, com Markito Alonso e Rodrigo Taguchi. Por meio de sons, traços e do corpo, as crianças e seus adultos são convidados a explorarem suas histórias e suas possibilidades, criando novas versões para fatos esquecidos e imaginários. Não é necessário fazer inscrição. Ponto de encontro: térreo, entrada da escadaria.
O encontro terá meia hora de duração e será realizado quatro vezes durante o dia. Não é necessário fazer inscrição.
16h: Conversa com padre Julio Lancellotti e artista Carmela Gross: Como os equipamentos públicos – patrimonializados ou não – dialogam com a ideia de uso coletivo e determinam a maneira como as pessoas se relacionam com a cidade?
Assista ao vídeo completo da conversa aqui.
10h – 18h: Circulação livre pelo Pavilhão: Não é necessário fazer inscrição. Última entrada às 17h30.
Encontro 4: O lugar do restauro, o território da arte
5 de novembro, sábado
11h: Visita mediada ao Pavilhão com a equipe da Bienal
Intervenção e preservação: o pavilhão como suporte de obras site-specific nas Bienais de São Paulo
Na visita mediada, realizada pela equipe de Educação da Bienal, será explorada a tendência da arte contemporânea de obras feitas para espaços específicos e sua relação com o Pavilhão da Bienal, além de resgatar histórias de funcionários da Bienal sobre os bastidores e personagens que habitaram o edifício, revelando algumas das especificidades das relações materiais e imateriais que acontecem aqui.
13h30 – 15h30: Ação para crianças com Caravana Lúdica de Jogos do Mundo
Caravana Lúdica apresenta ao público jogos de diferentes épocas e partes do mundo feitos em madeira reciclável, tecido, tinta e pirógrafo. Crianças, adultos e idosos podem se divertir com jogos africanos, europeus, asiáticos e ameríndios, que colaboram para o desenvolvimento cognitivo e social humano, criando um espaço para a troca de experiências entre diferentes gerações e grupos sociais. Os jogos são indicados a todas as idades acima de sete anos e duram um tempo médio de dez minutos por partida.
14h: Visita mediada ao Pavilhão com a equipe da Bienal
16h30: Conversa com Benjamin Seroussi, Graziela Kunsch e Luiz Fernando de Almeida
A complexidade do processo para a substituição das escadas rolantes do Pavilhão Ciccillo Matarazzo instigou a Fundação Bienal a promover uma discussão sobre como decisões acerca do restauro de locais históricos são impactadas pelas vivências nesses territórios. O debate contará com a participação do curador, editor e gestor cultural Benjamin Seroussi, da artista e educadora Graziela Kunsch e do ex-presidente do IPHAN e fundador do Instituto Pedra Luiz Fernando de Almeida, agentes envolvidos no recente restauro crítico da Vila Itororó, em São Paulo, e em ações desenvolvidas nesse espaço. Outro disparador da conversa é uma cadeira da Vila Itororó deixada sob a guarda da Fundação Bienal pela artista Eleonora Fabião após a realização de seu trabalho nós aqui, entre o céu e a terra (2021), na 34ª Bienal – Faz escuro mas eu canto, objeto que representa as relações materiais e imateriais que perpassam as instituições culturais, os patrimônios históricos e seus públicos.
10h – 18h: Circulação livre pelo Pavilhão
Última entrada às 17h30.
A programação é gratuita e não é necessário realizar inscrição.