A megaestrutura linear de 720 m do Instituto Central de Ciências abriga a urbanidade do campus universitário pela disposição de uma rua-jardim. O jardim gramado com poucas espécies que necessitava irrigação constante nos longos períodos de seca foi substituído em 2020 por espécies nativas de ciclo ou adaptadas ao cerrado. O jardim naturalista nasce, cresce, floresce e seca acompanhando a sazonalidade do bioma do Planalto Central em uma grande plataforma de estrutura pré-moldada em concreto protendido. A estrutura pavilhonar modulada por pilares a cada três metros e que acolhe uma diversidade de situações espaciais e funcionais passa também a coabitar com a temporalidade e diversidades de flores, capins e plantas savânicas do Brasil central.
Instituto Central de Ciências + Jardim de sequeiro
Oscar Niemeyer + Júlio Pastore
Brasília – DF, 1963-1971
Desenho: Paulo Honorato
Essa é uma das estratégias apresentadas no segundo ato da exposição (RE)INVENÇÃO, com curadoria de Luciana Saboia, Matheus Seco e Eder Alencar, do grupo Plano Coletivo, que ocupa o Pavilhão do Brasil durante a 19ª Mostra Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia. Para conferir todas as estratégias, confira a publicação digital da mostra.