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Home Notícias Migrante

15 set 2014

Migrante

2003

Gülsün Karamustafa

O trabalho de Gülsün Karamustafa frequentemente reflete as agruras da migração forçada à medida que as fronteiras políticas, étnicas e econômicas são continuamente refeitas. Ela tratou a questão pela primeira vez no início dos anos 1990, em uma série de instalações esculturais que usam tecido para evocar a vulnerabilidade dos deslocados. Em Kuryeler [Mensageiro] (1991), por exemplo, três coletes simples e brancos de crianças têm pedaços de papel e fragmentos de filme costurados por dentro, que quase não chegamos a perceber através do tecido semitranslúcido. Ao lado, uma citação anônima evoca como os exilados, ao atravessar fronteiras, davam suas posses mais preciosas para os filhos guardarem, inserindo o trabalho em uma experiência vivida subjetiva, mas não específica.

Muhacir [Migrante] (2003) considera o impacto do deslocamento forçado sobre a vida das mulheres no contexto das guerras que dilaceraram os Bálcãs ocidentais nos anos 1990. Dedicado às duas avós de Karamustafa, o filme em tela dupla é livremente inspirado na provação que trouxe suas famílias para Istambul (uma da Criméia, pela Bulgária; a outra da atual Bósnia e Herzegovina). Como em Kuryeler, porém, essas referências biográficas são abstraídas para representar um traço comum: as guerras recorrentes e as ondas migratórias que têm marcado a região desde o final do século 19, colocando assim o conflito recente em perspectiva histórica. Como se trouxesse à vida dois velhos cartões‑postais, o filme usa uma estrutura simétrica para contrapor os retratos de uma mulher com a cabeça coberta e outra com aparência ocidental aos panos de fundo de uma aldeia balcânica e uma cidade turca.

Com a eclosão da guerra, elas são destituídas de seus pertences e obrigadas a trocar de lugar, o vão entre as telas substituindo a fronteira entre os países. Ainda que pudéssemos pensar inicialmente que cada uma chegou agora ao contexto certo, sua aparente separação nos lembra de que o processo de identificação e a sensação de pertencimento são muito mais complexos que a mera correspondência entre figura e fundo. – HV

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