Darcy Penteado produzia obras que apoiavam os direitos LGBTQIA+ em um Brasil que atravessava a repressão na década de 1970. Um dos primeiros militantes do movimento, Penteado exibiu trabalhos em dez edições da Bienal de São Paulo. Sua participação é documentada em um detalhado dossiê presente em nosso Arquivo Histórico. Confira detalhes do projeto da obra Proposta do amor, exposta na 12ª Bienal.
“Eu não peço paz, peço amor”, dizia Darcy Penteado ao dar um beijo no rosto de cada uma das pessoas que estavam na primeira fila, convidando o público para entrar em sua obra Proposta do Amor, presente na 12ª Bienal de São Paulo, em 1973.
Inspirada na frase de Mário de Andrade, a instalação, também chamada de “templo de amor”, era composta por uma projeção de visual em uma sala fechada na qual eram exalados perfumes, buscando tornar o espectador mais receptivo à mensagem de “um amor liberto de preconceitos, como sentimento universal”.
Darcy Penteado foi um militante pioneiro na luta LGBTQIA+ brasileira, tendo fundado em 1978 o jornal Lampião da esquina, um periódico que promovia o debate e trazia informações para o público gay.
Atualmente, existem poucos registros da obra Proposta do Amor, o que torna bastante raros os documentos, projetos e a planta da obra presentes no Arquivo Histórico Wanda Svevo.
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